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Exposição paralela do Salão Internacional de Humor de Piracicaba

Abertura: 28/08/2025
Horário: 19h
Período: 28/08 a 01/11
Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; sábados e feriados, das 10h às 14h
Oferecer a Piracicaba – cidade metropolitana que possui um dos principais salões de humor do mundo – uma página de humor gráfico, publicada no jornal impresso de maior circulação da cidade e que pudesse contar com a colaboração dos principais artistas do humor gráfico do Brasil e do exterior. Esse foi o desafio a que se lançaram Erasmo Spadotto, Edu Grosso e Alexandre Bragion quando da criação do “Calhau” – página publicada quinzenalmente, aos domingos, desde 12 novembro de 2023, em A Gazeta de Piracicaba.
De lá para cá, mais de 40 edições do “Calhau” fizeram e fazem os leitores e leitoras de A Gazeta de Piracicaba rir e se deliciarem com trabalhos de artistas geniais como, por exemplo, o cubano Angel Boligan, o iraniano Pakdell, a italiana Marilena Nardi, o peruano Toscano, o belga O-Sekoer, os brasileiros Mello, Fernandes, Gilmar, Bap, Amorim, Ulisses, Cellus, J.Bosco, Laerte, Jean, Bertrazzi, Veronezzi, os artistas piracicabanos (ou mais ligados à cidade) como Fausto Longo, William Hussar e Ponciano – além dos próprios organizadores da página Edu Grosso, Erasmo Spadotto e Alê Bragion.
“Piracicaba tem um dos principais salões de humor do mundo e que ultrapassou a marca de cinquenta edições. No entanto, não há mais nos jornais impressos – que foram sempre um celeiro para chargistas e cartunistas – espaços dedicados a esse tipo de produção gráfica. Assim, a nossa ideia foi a de recriar esse cenário e espaço, adaptando-os à realidade do momento e do jornalismo atual” – conta Erasmo Spadotto.
“Sempre achamos que entre uma edição e outra do Salão de Humor se criava um hiato muito grande na veiculação do humor gráfico na cidade. Assim, uma das propostas do ‘Calhau’ foi também a de tentar manter de maneira mais constante a presença do humor gráfico na vida da cidade entre uma edição e outra do salão – e isso contando com a participação de artistas locais, nacionais e mesmo internacionais que topasse colaborar com a gente – gratuitamente – de maneira rotativa. Dessa maneira, temos quinzenalmente a publicação de trabalhos de artistas variados – o que é bem interessante para conhecermos mais de perto esses artistas e suas obras, além do fato de que isso dará uma dinâmica à página”, destaca Edu Grosso.
“O nome da página, ‘Calhau’, é uma brincadeira e uma ironia leve” – destaca Alê Bragion, que faz os textos verbais de humor que compõe a página junto aos desenhos. “A brincadeira é tentar fazer com que as pessoas se sintam curiosas e venham a pensar o que esse nome quer dizer. A ironia leve está no fato de que a palavra calhau vem do jorgão jornalístico e é termo que se dá ao texto curto e pouco importante – ou mesmo a anúncios publicitários mais baratos ou gratuitos –geralmente usados para preencher espaços vazios em páginas de jornal ou revista. É um tipo de material que não possui grande relevância jornalística – por isso, claro, a ironia do nome”.
As edições do “Calhau” ora possuem temática livre ora abordam alguma proposta específica e que tem a ver com o momento vivido na cidade, no país ou no mundo. Assim, por exemplo, já foram temas do “Calhau” as guerras, a carestia nos mercados, as Olimpíadas e a dengue, dentre um quase sem-fim de tema – alguns relativos ainda a datas comemorativas como o natal, a páscoa, as festas juninas e dias especiais (como o dia do rock). “A charge, em especial, é um ‘tipo de crônica desenhada.’ Porque está atenta ao que acontece naquele momento da história. Assim, não podemos deixar fazer humor sobre o que acontece no país e fora dele quando estamos organizando as edições”, comentam juntos Edu, Erasmo e Alê.
A paralela “Um Calhau no Salão” – que acontecerá no Museu Prudente de Moraes conjuntamente com o Salão de Humor no Engenho Central – é um momento que vem sendo bastante esperado pelo trio. “O Salão de Humor é o grande momento do humor em Piracicaba. É a apoteose do riso e a consagração do artista que trabalha com esse tipo de humor. Poder oferecer a Piracicaba, nesse momento, uma paralela que traz, resume e conta um pouco do que temos produzimos no “Calhau” ao longo desses quase dois anos de publicação é uma alegria e uma forma de mostrarmos que o humor gráfico é, sem dúvida alguma, uma das mais importantes linguagens artísticas da cidade” – afirmam os organizadores. “Esperamos que essa paralela possa ser vista e curtida por toda a população. É hora de, juntos, colocarmos um calhauzinho aí nessa história” – concluem.
A exposição “Um Calhau no Salão” poderá ser vista no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes até o dia 1 de novembro – estando a noite de abertura dessa paralela programada para acontecer no dia 28 de agosto.
Sobre os “calhaus”
Edu Grosso
Nasceu em Piracicaba, em 1959. É pintor e artista visual piracicabano. Na área do desenho gráfico, produz charges, cartuns, caricaturas e ilustrações com uma carreira de mais de 3 décadas. Ao longo da sua trajetória, tem participado dos principais eventos de humor gráfico no Brasil e exterior. Entre 2010 e 2017, foi Diretor do Centro de Documentação de Humor (CEDHU) Piracicaba, órgão da Secretaria de Cultura de Piracicaba responsável pela organização do Salão Internacional de Humor de Piracicaba.
Erasmo Spadotto
Nasceu em Santa Maria da Serra, em 1967. Atua na área das artes gráficas e visuais. Chargista, caricaturista e cartunista, foi desenhista fixo do Jornal de Piracicaba por 25 anos. Recebeu 7 prêmios em concursos de humor no Brasil e no exterior. Foi diretor do Salão de Humor e do Centro de Documentação de Humor de Piracicaba (CEDHU). Foi júri do Salãozinho de Humor de Piracicaba e Salão de Humor. Criou a personagem “Capivara” (para HQ), tendo publicado mais de 10 mil tirinhas dessa personagem. Atua em escolas públicas e particulares, levando até elas oficinas sobre desenho, roteiro para HQ, humor e outros temas. Usando a técnica do desenho livre, sem esboço anterior, desenha em paredes – usando apenas canetões – e se notabilizou por representar nelas imensas cidades.
Alê Bragion
Nasceu em Piracicaba, em 1975. É professor, mestre e doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas. Cronista, poeta, músico amador e chargista amador, foi finalista do Prêmio Cláudio Willer de Poesia em 2023. Em 2017, recebeu a Medalha de Mérito Literário Branca Motta de Toledo Sachs, da Prefeitura Municipal de Piracicaba. Produziu e apresentou – junto a outros profissionais – o programa “Educativa nas Letras”, pela Rádio Educativa FM de Piracicaba (2005 a 2019) – quarto finalista do Prêmio Viva Leitura, do Ministério da Educação. Teve charge selecionada para o Salão de Humor de 2024 e contos de humor publicados no livro “É Duro Ser Cabra na Etiópia”, organizado pela atriz e escritora Maitê Proença. É autor da peça “Quando Ela Chegar” (Proac, 2020) e do livro “Casa Burguesa Sem Chave”, publicado pela Caravana Editorial, de Ouro Preto, em 2024.
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